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Gengiva e Saúde da Mulher

Adolescência e Saúde Gengival

Podem apresentar alterações gengivais durante o ciclo menstrual.

• Podem apresentar aumento da inflamação gengival, sangramento, aumento do fluido crevicular e presença de úlceras durante o ciclo menstrual.
• É relatado inclusive o termo “gengivite intermenstrual”, ou seja, gengivite que se manifesta somente no período menstrual.
• Podem aparecer alterações modestas em mulheres com inflamação gengival pré-existente.
• Pequeno grupo de mulheres extremamente sensível as mudanças hormonais apresentaram sinais impactando gengiva.
• Indica-se o exame periodontal básico modificado para triagem de doenças periodontais em crianças e adolescentes menores de 18 anos.
• Incentivar as gerações mais jovens na escovação dos dentes não só previne a periodontite severa como também incrementa no status de saúde sistêmica que podem ser afetados pelas doenças periodontais.
• Pacientes do sexo feminino apresentam inúmeras complexidades que variam ao longo de toda a vida.
A natureza cíclica dos hormônios sexuais femininos é muitas vezes refletida nos tecidos gengivais como sinais e sintomas iniciais.
História médica e diálogos devem ser incluídos na investigação personalizada da paciente, pois flutuações hormonais diferem de paciente para paciente.

A gestação traz consigo mudanças de diversas ordens biológicas, somáticas, psicológicas e sociais. É uma experiência intensa que influencia tanto a dinâmica psíquica individual como as demais relações sociais da mulher. Quanto a saúde bucal:

1-Manifestações Bucais Diversas na Gestação

• Perimólise: erosão ácida dos dentes, que pode ocorrer se o “enjoo matinal”ou refluxo esofágico for grave e envolver vômitos repetidos de conteúdo gástrico.

• Xerostomia: baixa quantidade de saliva é uma queixa entre as mulheres grávidas. Um estudo observou esta secura persistente em 44% das grávidas participantes.

• Ptialismo: excesso de saliva ou sialorréia. A secreção excessiva começa geralmente na 2° ou 3 ° semana de gestação.

• Erosão dental e halitose ocorre em 70% casos: náusea, vômito e enjoo matinal.

Típicos entre 4-8 semanas de gestação, melhorando antes das 16 semanas.
10-25% experimentam até 20-22ª semana e algumas pessoas durante toda a gestação.
Importante:
Para a saúde completa da paciente e do bebê é altamente recomendável a presença do CIRURGIÃO DENTISTA na equipe multidisciplinar para o acompanhamento e orientação da paciente em todas as fases da gestação.

2 – Manifestações Periodontais (Gengivais) na Gestação

Mudanças endócrinas, de hormônios são as alterações básicas mais significativas que acontecem com a gestação.
Gestação foi uma das primeiras condições reportadas como tendo um impacto na expressão da gengivite. Em particular, incrementando em ambas, a prevalência e a severidade, sendo reportadas durante o segundo e terceiro trimestre de gestação. Tais relações devem-se pelo incremento dos níveis de progesterona.
A gengivite é a manifestação bucal mais comum na gestação. Inicia pela gengiva marginal e interdental, em geral no segundo trimestre da gestação.
A gravidez em si, não causa gengivite.
A gravidez afeta a gravidade de áreas previamente inflamadas, mas não altera a gengiva saudável.
A incidência de gengivite na gravidez varia de 50 até 100 %.
Se a gengivite é a manifestação bucal mais comum na gestação, e a resposta do tecido gengival ao biofilme é modificada pelos hormônios durante a gestação, toda gestante precisa ter seu periodonto monitorado regularmente.
Pré-natal odontológico sem exame periodontal completo, não é pré-natal odontológico completo.
O uso de serviços odontológicos pode auxiliar na prevenção de problemas bucais para a mãe, além de ofertar acesso oportuno ao diagnóstico e tratamento de agravos da saúde bucal. Ademais, o contato da gestante com esse tipo de cuidado durante o pré-natal pode trazer ainda benefícios quanto à prevenção de agravos bucais nas crianças.

3- Gestação e Cáries

A relação entre cáries dentais e o processo fisiológico da gestação não tem sido demonstrado. A atividade de cárie tem sido atribuída a presença de bactérias cariogênicas na boca, a dieta contendo carboidratos fermentáveis e pobre higiene bucal.
O controle do processo de cáries é importante pois a saliva da mãe é o primeiro veículo para a transferência de bactérias cariogênicas para o recém-nascido.

Gestante pode fazer Tratamento Odontológico?

Dentro da filosofia de mínima intervenção, o tratamento restaurador atraumático é uma alternativa de destaque a ser considerada.Intervenções odontológicas podem ser realizadas em todos os trimestres.

Destaca-se que emergências devem ser tratadas a qualquer momento.

Embora não haja evidência de restrição ao atendimento odontológico durante a gestação, o aspecto mais importante a ser considerado para a realização de procedimentos não emergenciais é como a gestante se sente em relação às intervenções, considerando o seu bem-estar geral, conforto físico e psicológico. Nesse contexto, vários profissionais destacam o segundo trimestre como sendo geralmente o mais oportuno.

Por que a gestante deve consultar com um Periodontista?

É necessário reforçar um programa periodontal preventivo, consistindo em aconselhamento nutricional e medidas de controle rigoroso de biofilme, tanto no consultório odontológico quanto em casa.

As mulheres em idade fértil, especialmente aquelas tentando engravidar, devem ser informadas sobre o possível impacto da inflamação no feto em gestação.

Se a gengivite é a manifestação bucal mais comum na gestação, e a resposta do tecido gengival ao biofilme é modificada pelos hormônios durante a gestação, toda gestante precisa ter seu periodonto monitorado regularmente.
Pré-natal odontológico sem exame periodontal completo, não é pré-natal odontológico completo.

4- Menopausa e Saúde Gengival

Na vida da mulher, a transição entre o estágio reprodutivo e o não reprodutivo é denominada climatério. Nessa fase, as mulheres apresentam inúmeras necessidades de prevenção de doenças e de promoção de saúde, e os médicos e dentistas devem estar atentos a uma série de consultas direcionadas à otimização da qualidade de vida.

Dentre as principais alterações observadas está a redução estrogênica – Inflamação sistêmica aumentada- que são fatores modificadores na progressão da periodontite na fase pós menopausa.

Devido à grande variedade de sintomas e queixas que ocorrem na cavidade bucal em mulheres no período da menopausa, constituem um significativo grupo de pessoas que devem receber cuidados preventivos e terapêuticos de médicos e dentistas nesse particular período de vida.

Doença Periodontal e Saúde da Mulher
Trabalhamos com protocolos em conformidade com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)