Periodontite severa é independentemente e significativamente associada com todas as causas e mortalidade cardiovascular em várias e diferentes populações.
Os mecanismos propostos incluem a bacteremia (aumento da quantidade de bactérias circulantes na corrente sanguínea) e a associação com as sequelas da inflamação istêmica, incluindo a elevação da proteína C-reativa e o stress oxidativo.
Pessoas com doença cardiovascular podem ter uma alta prevalência de doenças bucais e pobre conhecimento sobre a importância da saúde bucal, particularmente sobre a interrelação da doença periodontal/doença cardiovascular e sobre os efeitos que algumas medicações cardíacas podem ter na saúde bucal.
Resultados de estudos também sugerem que pessoas com doenças cardiovasculares podem não estar recebendo as informações necessárias dos dentistas e médicos para a necessidade dos cuidados bucais, após os diagnósticos cardíacos.
Evidências apontam que bactérias periodontais caindo na corrente sanguínea em atividades diárias, como escovar os dentes predispõe à maior o risco de doença cardiovascular, quanto maior seja a inflamação presente no periodonto.
Já há evidência da presença de bactérias periodontais viáveis em placas de ateroma.
Maior correlação entre bactérias da bolsa periodontal e das placas de ateroma em pacientes com periodontite.
Evidência científica
Aterogênese
Uma pessoa com bolsas periodontais: há maior área de placa de ateroma
Para cada bolsa ≥4 mm, aumento de 0,34mm2 nas placas de ateroma
Média de 27 bolsas = 9mm2 área de ateroma
Mudança 5 mm2 tamanho placa carotídea: aumento risco eventos cardiovasculares.
Temos evidência de que pacientes com periodontite tem incrementos na produção e ou níveis de mediadores inflamatórios que também estão associados com a patofisiologia da aterosclerose.
Há evidências que níveis significativamente altos de proteína C- Reativa presentes em pacientes periodontais. Ao contrário de pacientes saudáveis- sem doença periodontal. E níveis significativamente altos de proteína C- Reativa em pacientes com doença cardiovascular e periodontite, comparados com a condição isolada- portadores somente de doença cardiovascular.
O efeito da terapia periodontal tem demonstrado a associação com a redução significativa dos níveis da proteína C-Reativa, ao longo do tempo, com incremento na substituição das medidas de saúde cardiovascular.
Pobre higiene bucal está associada com riscos de manutenção de boa saúde cardíaca. É imperativo que adultos, na exigência de cirurgias cardíacas ou com doenças cardíacas congênitas, sejam tratados regularmente e de forma segura em um apropriado sistema odontológico, a se evitar riscos sistêmicos de infecção e ou sangramentos associados com pobres manutenções das condições de saúde bucal. Alguns adultos com doenças cardíacas congênitas estão mais predispostos ao desenvolvimento de endocardite infecciosa quando submetidos à procedimentos invasivos odontológicos.
• Pacientes com periodontite: mais risco de insuficiência cardíaca e fibrilação atrial (mecanismo aumento inflamação sistêmica).
• Pacientes com periodontite: maior risco de doença cardiovascular subclínica mais disfunção endotelial medida por dilatação fluxo mediada, maior rigidez arterial e espessura carótida, maiores escores calcificação, além de anticorpos contra periodontopatógenos.
• Estudos observacionais: medidas controle biofilme pessoais e profissionais (tratamento periodontal) – menor incidência eventos cardiovasculares – como infarto e AVC.
• Estudos intervencionais: tratamento periodontal impacta eventos cardiovasculares pela redução múltiplos fatores risco.
Doença Periodontal e Cardiologia
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